A UNIDADE POLÍTICA ENTRE A “OPOSIÇÃO” SERÁ SUFICIENTE PARA DERROTAR O CANDIDATO DA EXTREMA DIREITA A REELEIÇÃO?

Codó vive um impasse político grave em decorrência de uma profunda crise de ordem ética e moral. Tal crise se reflete no descontentamento popular. É uma onda incontrolável. O cidadão comum – aquele que não é considerado protagonista na história pelos conservadores, cujo entendimento é de que somente ‘eles’ os ‘iluminados e detentores de posses’ são capazes de administrar a res pública – já percebeu que esses dirigentes do campo conservador não têm autoridade e competência para gerir a coisa pública sem o escárnio de classe. Essa mesma elite também já percebeu o grande equivoco político que cometera ao longo da história enquanto classe dominante, tal compreensão chegou ao fundo do poço. Essa elite desde sempre nunca tivera um projeto político alinhado aos interesses da classe trabalhadora; e, no entanto, consegue se manter na estrutura de poder.
Esse impasse tem produzido, a priori, especulações sobre o futuro de Codó; isto é, quem seria o próximo prefeito a gerir a res púbica? Nos bastidores – inclusive, as informações dão conta de que há até pesquisas encomendadas pela trupe que comanda o poder político retratando o atual momento político, especialmente, no que tange a tendência eleitoral, apontando uma nova vertente – rolam debates fervorosos entre os simples mortais bem como nos diversos locais como bares, praças e nos corredores do Palácio Municipal, em que o nome do médico Zé Francisco (PT) soa como uma alternativa.

E COMO SURGIU O NOME DO MÉDICO?

A culpa é das eleições de 2018 – onde o médico submeteu seu nome para a Câmara Alta da República -, obtendo 14.000 votos e se tornando 1º Suplente. O resultado eleitoral o credenciou a ser pré-candidato para disputar o Palácio Municipal em 2020 com possibilidades de vencer. Aparentemente ele tem uma boa aceitação popular. Contudo, a política tem uma máxima: é uma ‘caixinha de surpresa’; o que hoje é viável, amanhã já não o é! Seria até imaturo afirmar essa tendência de forma antecipada sobre a trupe conservadora que hoje controla o Palácio Municipal, apesar de tudo!

É POSSÍVEL DERROTAR O ‘GAROTO VIRTUAL’ E SUA TRUPE CONSERVADORA ULTRALIBERAL?

A historiografia política codoense nos brinda com dois momentos clássicos em que o poder político comandado por forças reacionárias não conseguiram impedir suas derrocadas iminentes. O primeiro momento ocorreu no inicio da década de 1980, quando aquela disputa ficou conhecida como: “o tostão contra o milhão” – uma alusão à disputa entre o médico Antônio Joaquim e o empresário Nonato Salem; ambos já falecidos, em que o primeiro saiu vitorioso. O segundo evento ocorreu entre José Inácio X Antônio Joaquim, onde o primeiro venceu a disputa; o discurso era semelhante ao do primeiro evento; onde o vencedor do segundo evento ficou conhecido como: “Zé dos Pobres”.
Fazer essa analogia é pertinente para que os dirigentes políticos que hoje fazem oposição ao ‘garoto virtual’ e sua trupe, tenham habilidade para compreender a encruzilhada histórica que se encontra nossa cidade e a importância de uma ruptura não revolucionária e, sim, moderada visando instaurar uma gestão menos injusta e menos seletiva. A forma ideal para derrotar o ‘garoto virtual’ é o estabelecimento de uma Frente Política Unitária. Caso contrário, mesmo sob o enfoque de uma histórica rejeição popular o ‘garoto virtual’ pode engendrar condições políticas para inverter a atual lógica negativa em seu favor. Lembremo-nos de que a questão de fundo é a manutenção da miséria do povo como estratégia para controla-lo, através de um assistencialismo depravado e doentio. Essa tem sido a tônica da elite para se apropriar do aparelho de estado e se safar.
Codó chegou ao fundo do poço! Há uma inércia social, uma paralisia espetacular que tipifica a estupidez de uma trupe maléfica e insensível com o espectro social. É como se essa trupe odiasse todo o povo civilizado e não civilizado! E com o poder político sob seu controle pode fazer o que bem entender, inclusive, ser utilitarista.

E O QUE FAZER PARA DESTRONAR ESSA TRUPE MALÉFICA?

Se, por ventura, o conceito legal (CF/88) fosse cumprido à risca, – a partir do princípio de que o ‘poder emana do povo’ – certamente teríamos outra perspectiva, outra realidade, outra gestão! Lamentavelmente, nos deparamos com a cultura da miséria, do acanhamento, do silêncio ante o poderio econômico, da submissão e do medo de expressar todas as angústias presentes. Esse é o ponto central exercido por aqueles que dominam a estrutura de poder por influência dos caracteres mencionados acima.
Para além desse contíguo quadro emblemático – em que pese o sofrimento, a opressão e o medo – a centralidade política deve se converter numa grande força alicerçada na Unidade entre os distintos dirigentes das agremiações partidárias que se constituem oposição ao ‘garoto virtual’. Nessa linha de raciocínio é indispensável que estes dirigentes avaliem a crise política conjuntural com sobriedade e não com paixão idólatra – onde o ‘eu’ se manifesta com inusitada força – gerando uma divisão interna e desestruturando a estratégia que poderia ser capaz de destronar o ‘garoto virtual’ de uma vez por toda! E não é isso que o cidadão codoense mais deseja, mais sonha? Em nome de toda uma coletividade, essas lideranças opositoras devem depor suas armas e redirecionar suas mobilizações numa perspectiva democrática e popular. Já é perceptível a intenção do povo em rejeitar o ‘garoto virtual’ e a oposição deve atentar para esse detalhe vital visando consolidar a Unidade Política Centro-Democrática. Cremos que, a partir dessa – coalizão – Unidade Política Centro-Democrática será possível a derrocada desse desgoverno intolerante, antipopular, antidemocrático, seletivo e ultraconservador.
Codó deve se reabilitar politicamente e, para isso, é essencial que a oposição cumpra seu papel com coerência, com estratégia e com espírito democrático para não demolir/desmantelar a perspectiva que essa coalizão planeja implantar futuramente promovendo a retomada do desenvolvimento e crescimento social de nossa humilhada cidade. Opositores lutem por novos rumos, por novas esperanças, unitariamente!

Por Jacinto Junior

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