ARTIGO DA FISIOTERAPEUTA GABRIELA DE DEUS SOBRE OSTEOARTROSE OU ARTROSE

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Gabriela de Deus Fisioterapeuta

As definições de osteoartrose variam, mas ela é considerada uma doença crônica, degenerativa e progressiva que afeta as articulações sinoviais. Caracteriza-se por dor, limitação da ADM e possível deformidade nos estágios mais avançados. Cartilagem e ossos são afetados antes das estruturas periarticulares. Anteriormente pensava-se que fosse uma doença na qual a resposta normal de reparação aos danos diários às articulações estivesse ausente. Entretanto, acredita-se cada vez mais que a osteoartrose pode ser resultado de vários processos diferentes que levam a doença articular sintomática. (Altman apud Chadwick, 2001).

A osteoartrose é uma doença bastante comum, com 44 a 70% dos indivíduos acima dos 55 anos apresentando evidências radiológicas (Fisher apud Chadwick,2001), enquanto, na faixa etária acima de 75 anos, esse número eleva-se a 85% (Moskowitz apud Chadwick,2001).

Fisiopatologia:

Apesar do profundo conhecimento da fisiopatologia da artrose, ao nível molecular, pouco ainda se conhecia sobre a gênese da dor nesses doentes. Classicamente, sabe-se que as possíveis causas de dor na artrose relacionavam-se ao aumento da pressão intraóssea pela congestão vascular do osso subcondral, crescimento dos osteófitos, sivonite e inflamação, fibrose capsular, contratura e fraqueza muscular. Uma vez iniciada a doença, ela pode evoluir até a destruição da articulação, pode parar em qualquer ponto do processo evolutivo, ou, mesmo, em situações raras, pode reverter.

O achado inicial mais evidente é na cartilagem articular. A matriz demonstra perda em conteúdo de proteoglicano, os quais tem sua capacidade de agregação alterada e um aumento no teor de água. As cadeias de condroitinossulfato estão encurtadas e a composição dos glicosaminoglicanos é anormal.

Sinais e sintomas

Os sinais e sintomas dos pacientes portadores de osteoartrose segundo Moreira (2001), são os seguintes:

– Dor e sensibilidade à mobilização, palpação ou manobras
– Crepitação palpável, excepcionalmente audível
– Espasmo e atrofia da musculatura articular satélite
– Limitação da amplitude articular, sem anquilose como regra
– Sinais discretos de inflamação articular, raramente acentuados
– Derrame articular, comumente relacionado com trauma ou uso excessivo da junta.

Tratamento Fisioterapeutico:

As aplicações do calor ou do frio são recursos valiosos na prática da fisioterapia. Ambos constituem-se em recursos terapêuticos de grande valia no alívio da dor e na melhora da função articular. Atualmente não existe um consenso entre os profissionais de reabilitação sobre qual dos recursos terapêuticos empregar em pacientes com artrose avançada. A literatura é vasta em defender o uso tanto da crioterapia quanto do uso sistemático do calor, seja ele na forma de calor superficial ou profundo.

O uso do calor no tratamento de pacientes portadores de gonartrose é eficaz, pois têm a propriedade de alivia a dor, aumentar a flexibilidade dos tecidos músculo-tendíneos, diminuir a rigidez das articulações, melhora o espasmo muscular e a circulação (Krusen, 1999).

As terapias usando o calor (termoterapia) e usando o frio (crioterapia) não levam à cura de nenhuma enfermidade, porém são instrumentos importantes que auxiliam no tratamento de várias patologias ortopédicas e neurológicas. São recursos que, quando aplicados adequadamente, reduzem o espasmo muscular e a sintomatologia dolorosa, preparando a região afetada para a aplicação de outras técnicas terapêuticas.

Já para Boscolo (2003), a crioterapia na gonartrose, tem atividade de sedação e de ação física, pois aumenta a viscosidade do líquido sinovial, onde a densidade é diretamente proporcional à temperatura e acrescenta que o gelo na prevenção da artrose é utilizado mais na intenção de diminuir o metabolismo local.

Referências:

Gilberto Luis Camanho1, et al. GÊNESE DA DOR NA ARTROSE. Rev Bras Ortop. 2011;46(1):14-7

Krusen, Frank Hammond. Tratado de Medicina Física e Reabilitação de Krusen. SP, Malone, 4 ed, 1994

Moreira, Caio; Carvalho, Marco A. P. Reumatologia Diagnóstico e Tratamento. Medsi, 2 ed., 2001.

Contato-99-8205-2752

4 Responses

  1. Parabéns ao blog que vem evoluindo muito, e a Fisioterapeuta é uma pessoa muito competente e responsável, conheço muito bem o trabalho dela. Sucesso ao blogueiro e a Dr. Gabriela

  2. Para ser fisioterapeuta tem que manter a mente quieta mesmo diante do desespero, ter um brilho no olhar mesmo quando não temos esse motivo; você Gabriela Luz é mais do que isso, é meiga, responsável,carinhosa ,capaz,batalhadora,confiante e acima de tudo AMA O QUE FAZ SUCESSO

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