COM A JUSTIÇA PERMANECENDO INERTE, GRUPO JOÃO SANTOS PODERÁ DEIXAR ROMBO E APLICAR CALOTE EM TRABALHADORES

nassauNo dia 15 de março de 2017, fez um ano que os trabalhadores das empresas Itapagé e Agrimex S. A., ambas pertencentes ao grupo industrial João Santos, “Cimento Nassau” com sede no município de Coelho Neto-MA, estão em greve por atraso de pagamento de salário, férias, décimo terceiro salário, eliminação do plano de saúde, apropriação indébita e outros.

Neste período a greve foi suspensa por quatro meses em razão de  um acordo entre empresa, sindicato e homologado na justiça do trabalho, porém não cumprido pelas empresas. O processo está em tramite na justiça do trabalho (TRT – 16) aguardando decisão, os trabalhadores permanecem acampados na portaria das empresas aguardando decisão da justiça para pagar os trabalhadores, desde janeiro que as empresas não se manifestam com nenhuma informação e proposta para solucionar o problema, os trabalhadores estão passando necessidade extrema sem ter o que comer e sustentar a família, um verdadeiro absurdo.

nassau2-768x432No dia 15/03, cada trabalhador levou para o acampamento um pouquinho de alimento, e juntos fizeram um almoço para celebrar o mais triste aniversário, um ano de greve, a mais triste e difícil situação vivida por estes trabalhadores nos 44 anos de existência das empresas no município. Muitas pessoas podem não dá a importância ou não está nem aí com o problema, mas quem vive o dia a dia com os trabalhadores sabe o quanto eles estão sofrendo e passando necessidade devido ao descaso, falta de respeito e responsabilidade destas empresas para com os empregados.

Como todos sabem, a família que comanda o “Grupo João Santos”, possui apadrinhados políticos por onde se instalam, financiam campanhas políticas e por isso cada manifestação feita, não mobiliza a classe política e muito menos a justiça.

O caso de Coelho Neto, não é diferente do que acontece em Codó, os mesmos problemas são vivenciados pelos funcionários que, demagogicamente são chamados de colaboradores, que estão com vencimentos atrasados que chegam até três meses.

Somente uma auditoria poderá apontar o que aconteceu de fato com uma indústria do setor de cimento que praticamente monopolizava o mercado do Norte-nordeste do pais. Em Codó, a empresa, desde que se instalou na cidade, sempre com apoio da câmara de vereadores e dos prefeitos, teve seus pedidos de isenção de impostos para explorar a matéria prima das jazidas codoenses, por isso paira a dúvida: “Se com tanto incentivo dado à Fábrica Nassau, porque ela chegou ao patamar atual?

Texto de Mariano Crateús, Presidente do SINPACEL e adaptado pelo Blog do Bezerra

 

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