FALTA DIÁLOGO NOS LARES

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Foto Historiador prof. Carlos Gomes

O mundo está mudado, a sociedade vai modificando os seus alicerces tradicionais, criando problemas graves para o grande complexo – a família-, base primordial para a formação da cidadania.

O mal-estar causado por esses desequilíbrios sociais reflete-se, principalmente, na vivência cotidiana do lar. Os pais perderam o elo com os filhos, em virtude do capitalismo selvagem, desumano, que os afasta de maneira obrigatória, com raras exceções, pela busca da sobrevivência de suas necessidades básicas: alimentação, moradia, educação, entre outras; mas, com todas essas responsabilidades que lhes são inerentes, não exime de prestarem assistência marcante, no que diz respeito ao diálogo esclarecedor, cordial e a orientação dos filhos para os caminhos férteis, visando alcançarem uma vida promissora.

Sente-se, pela falta desse aconchego nos lares, a deterioração da família. Pais de boa renda financeira tendem a compensar este desapreço, com premiações: passeios, presentes caríssimos, como carro, Jet ski, vídeogame, etc. Os menos favorecidos veem a vida por outro ângulo: desejam que os filhos estudem, para torná-los mais aptos para disputarem um melhor mercado de trabalho; mesmo assim, há uma rejeição, devido a incompreensão de uma grande parcela dos adolescentes que, por motivos diversos desejam viver o mesmo nível dos filhos dos milionários, sacrificando, aviltando o tão minguado salário dos pais.

E os filhos dos excluídos, marginalizados pela sociedade, como se posicionam neste contexto?

Esses, infelizmente, sem perspectiva alguma, pois, com os pais, habitam verdadeiros guetos, favelas, lugares insalubres, onde lhes falta tudo. Neste caso, como podem os pais sentar-se e conversar com seus filhos?

Não obstante, todas essas adversidades da vida – muito dinheiro para poucos, pouquíssimo para muitos e de modo algum para grande parte da população, com tudo, isso, deve se manter diálogo com a família; feito isto, seguramente, pais e filhos terão uma outra visão do mundo.

Codó– MA, 16 de julho de 2013.

Professor Carlos Gomes.

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