POR JACINTO JÚNIOR: A VITÓRIA DE DILMA É O ESPELHO DE UM BRASIL MUDADO

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Jacinto Júnior

É incontestavelmente incontestável a mudança estrutural ocorrida nesse período de uma década de governança do PT em nosso país. Apesar da crise imobiliária de 2010 ocorrida nos EUA ter gerado uma bolha sistêmica (especulativa) agravando a situação econômica de todos os países no mundo inteiro, especialmente, a toda poderosa Europa e os países do Norte e a América, com exceção – claro – do Brasil que sofreram penosamente com tal crise. Afora esses elementos intrínsecos, o Brasil segue trilhando com muita segurança sua política macroeconômica, mesmo recuando nos indicadores de crescimento projetados para este ano, contudo, permanece inalterada a questão da geração e garantia de pleno emprego e renda; e esse dado é extremamente relevante diante da conjuntura macroeconômica internacional. A Petrobrás é hoje a mais influente e respeitada empresa estatal no Continente latino americano quebrando recordes históricos de produção
de barris/dia de petróleo. A indústria naval está de vento em polpa. Bom, deixemos de lado as grandes e fabulosas conquistas obtidas e passemos para o caso especifico das eleições em voga. Quero avaliar os números apresentados pelo Instituto Vox Popoli nas intenções de votos do eleitorado brasileiro e seus desdobramentos. Esta pesquisa data de 13 e 14/09 e 20 e 21/09 respectivamente. Veremos duas simulações: uma, sobre a intenção de votos em nível de Brasil e, a segunda, notadamente, nas cinco regiões que forma o estado brasileiro.
Na pesquisa apresentada nos dias 13 e 14/09 e 20 e 21/09 o resultado foi o seguinte:
Dilma com 36%, Marina 27% e Aécio 15%, os outros pontuaram 2%,quem não sabe e não opinaram representam respectivamente, 8%, brancos e nulos 12%. Já na simulação dos dias 20 e 21/09 o quadro sofreu uma alteração significativa: Dilma com 40%, Marina 22% e Aécio 17%, os outros somaram a mesma porcentagem 2%, brancos e nulos 12% e os que não sabem e não opinaram 6%.
Esse quadro é bastante expressivo, pois, retrata uma condição confortável para a candidata à reeleição de Dilma. Essa tendência deverá permanecer ou, até mesmo crescer para cima na intenção do eleitorado que estão no item não sabem e não opinaram, entendo que estes sempre se manifestam no dia das eleições com a prospecção dos candidatos já consolidadas e, desse modo, utilizam do voto útil – aquele que não quer perder seu voto para um candidato que não vai vencer ou não vai bem na pesquisa. Pode ocorrer até mesmo uma migração dos eleitores de Marina para Dilma nessa lógica eleitoral bem como de Aécio Neves.
O outro evento da simulação no segundo turno a percepção eleitoral se manifesta da seguinte forma, conforme verificação dos índices: Dilma com 42%, Marina 41% (data dos dias 13 e 14/09) e Dilma com 46%, Marina 39% (data dos dias 20 e 21/09). Agora, veja os índices em relação ao candidato tucano: Dilma com 47%, Aécio 36%; não sabem12%, não opinaram 5% (data dos dias 13 e 14/09), e Dilma com 49%, Aécio 34%; brancos e nulos 10%, não sabem e não opinaram 7% (data dos dias 20 e 21/09).
E agora, vamos verificar os números-índices nas Regiões do país Sudeste: Dilma com 37% (um detalhe, onde se encontram os dois maiores colégios eleitorais do país: MG e SP), Marina 30%, Aécio 20%, outros 3%, brancos e nulos 8%, e não sabem e não opinaram 16%. Sul: Dilma com 37%; Marina 23%; Aécio 19%; outros 4%; não sabem 2% e não opinaram 15%. Já na Região centro-Oeste e Norte: Dilma 44%, Marina 20%, Aécio 23%, outros 3%, não sabem 3% e não opinaram 7%. E, finalmente, na Região Nordeste: Dilma com 55%, Marina 22%, Aécio 8%, outros 1%, não sabem 6%, e não opinaram 15%.
Estes números apresentados pelo Vox Popoli são sintomáticos sobre o comportamento e a tendência do eleitorado brasileiro. Ontem saiu as pesquisas do Ibope e eles retratam a tendência de crescimento de Dilma e, inclusive, já empatando tecnicamente com a Marina no segundo turno (essa pesquisa foi encomendada pela Rede Globo e pelo Jornal O Estadão de São Paulo, ambos são inimigos encarniçados do governo do PT).
A reeleição de Dilma é o espectro de uma completa modificação estrutural ocorrida no decurso de 12 anos em oposição a uma elite decadente e paroquiana que arde em inveja e deseja retornar a um modelo de submissão aos EUA. A sociedade brasileira amadureceu e quer mais mudanças.

Por Jacinto Júnior

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